Reflexões sobre o abandono no filme Joker o Coringa

Desenvolvimento Pessoal

Reflexões sobre o abandono no filme Joker o Coringa

Professor Gama
Escrito por Professor Gama em outubro 18, 2019
Reflexões sobre o abandono no filme Joker o Coringa
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O filme Joker 0 Coringa  não é sobre super heróis e vilões numa luta contra o mal. A obra mostra o ser humano e o reflexo do abandono e da violência física e emocional pela família e a sociedade. 

É sobre o quanto a criação familiar é contundente nas nossas vidas quando adultos. Das violações sofridas, os conceitos morais distorcidos e o total desamparo emergem o Coringa – órfão de alma, mas sobretudo, um homem bom, de bom coração apesar de toda a negligência desde a infância. 

A sua esquizofrenia ou psicopatia extravasava no riso, em estados espontâneos de riso sem controle. Inteligente, sensível e sem amor algum, mas carregado de dor, ele encontrou na sua realidade possível a sua redenção. 

Entendeu que tirar a vida de quem é mau, ou que vira as costas para ele era a solução. Como se um tiro extirpasse toda a maldade que ele passou e ninguém seria mais vítima daquela pessoa. No riso sem controle fluía sua loucura.

Neste post vamos discutir sobre o abandono infantil e os reflexos sobre a vida adulta fazendo uma analogia ao anti-herói Joker. Será que o pequeno Coringa soube lidar com isso?

 

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COMPREENDENDO E LIDANDO COM O ABANDONO INFANTIL 

O abandono infantil geralmente se refere à recusa voluntária dos pais de apoio físico, emocional e financeiro de um filho menor. Em outras palavras, o abandono ocorre quando os pais não cumprem suas responsabilidades parentais e optam por não ter contato com o filho.

No caso particular do personagem Arthur Fleck – o Coringa o abandono foi sem custódia dos pais naturais e sob custódia exclusiva, no caso, da mãe adotiva. O filme sugere isso. Na vida real, mesmo aqueles que lutaram arduamente no tribunal para obter a guarda dos filhos – também podem ser acusados ​​de abandonar seus filhos.

POR QUE OS PAIS ABANDONAM COMO JOKER, O CORINGA?

A pergunta mais comum é: “Como os pais podem fazer isso?” Infelizmente, os pais que abandonam seus filhos frequentemente o fazem porque acreditam que estão mal preparados  para proporcionar a estabilidade emocional e financeira de que a criança precisa.

É comum culpar isso pela capacidade da geração anterior de mãe (ou não), e, no entanto, não é verdade que todos os pais que abandonam foram maltratados, ignorados ou negligenciados na infância. 

Certamente, vemos exemplos todos os dias de pais que foram negligenciados ou abusados ​​e, mais tarde, se tornam pais comprometidos e amorosos. Portanto, esses tipos de generalizações não se sustentam quando examinados mais de perto.

A dúvida é um denominador comum nos casos em que os pais abandonam voluntariamente seus filhos. Embora não seja uma desculpa legítima, pode ser um fator importante a considerar ao tentar explicar ao seu filho por que o outro pai escolhe não se envolver.

EXPLICANDO O ABANDONO A UMA CRIANÇA

Em Joker o Coringa, temos o retrato de um homem com doença mental que perde sua rede de apoio, cai nas mãos da sociedade e se torna um assassino. O filme descreve seu sofrimento emocional como sendo culpa de uma mulher que não o alimenta: sua mãe. 

Na vida real, irão surgir dúvidas e questionamentos caso o abandono ocorra de um lado, ou se ocorrer  a adoção. Então, se você está criando seus filhos por conta própria, e o outro pai optar por não se envolver, você pode antecipar para seus filhos algumas respostas a perguntas difíceis que serão necessárias responder. As dicas a seguir podem ajudar:

NÃO ADIE CONVERSAS IMPORTANTES   

É tentador adiar a conversa, mas se seus filhos estão falando disso, estão prontos para falar sobre isso. 

CONFIE EM SI MESMO

Você não precisa ter as palavras perfeitas planejadas. Reconheça suas perguntas e suas mágoas. Mostre empatia e diga a eles que você sempre estará lá, não importa o quê.

Encontre algo positivo a dizer sobre o seu ex. Pode ser difícil, especialmente se você ainda estiver com raiva ou se a separação for recente. Mas é importante lembrar que seus filhos carregam uma parte de seu ex e você não vai querer dar a eles a ideia de que ele é “muito ruim”.

CONTINUE A CONVERSA 

As chances são de que você tenha muitas conversas com seus filhos sobre esse problema. Para eles, reconhecer e nomear o abandono é apenas uma parte do processo de luto. Eles provavelmente experimentarão muitas emoções complexas, incluindo tristeza e raiva, antes de chegarem a um ponto de aceitação, e precisarão saber o tempo todo que você está disposto a ouvi-las e ser um ombro para se apoiar. 

AJUDE SEU FILHO A LIDAR COM O ABANDONO 

O abandono também pode levar à perda dos direitos dos pais. No entanto, um pai ou mãe não pode simplesmente escolher ou eleger por si próprio a renúncia a esses direitos. 

Em Joker o Coringa na tentativa de encontrar um pai, fruto da fantasia ilusória de sua mãe, ele descobre que é adotado,  da maneira que muitas crianças costumam saber, por outras pessoas e cruelmente. Além de descobrir que ele é adotado, também fica sabendo que a sua mãe tinha problemas mentais.
Ao visitar o hospital, pede seu prontuário e lá estão informações de que  ele foi agredido fisicamente pelo parceiro da mãe adotiva, que foi encontrado amarrado a um radiador, ferido, desnutrido, com vários sinais de violência, e que sua mãe foi responsabilizada por permitir que seu parceiro o abusasse, ou seja, ela era cúmplice dos maus-tratos e que sua doença neurológica, que o faz ter acessos de riso, pode ter sido causada pelas agressões que sofreu na infância. 

A mãe idealizada morre, mas não apenas uma morte simbólica. A doença mental é caracterizada pela inversão entre ação real e simbólica. Ambos se misturam e o símbolo se torna literal. Todos sabemos que precisamos matar pai e mãe simbolicamente para que possamos amadurecer e renascer o pai e a mãe interior dentro de nós, mas na psicose o caminho simbólico está errado.

É equivocado que o inconsciente seja apenas belo em sua numinosidade, ou seja envolto em um sentimento de dependência absoluta. O numinoso também pode ser extremamente esmagador, destruindo tudo ao seu redor.

De certa forma, essa descoberta é redentora, mas psicótica, libertando-o da opressão que sua mãe exercia sobre ele. No fim do filme Joker o Coringa ele é preso e colocado numa camisa de força no velho e arcaico papel da sociedade de reabilitar aquele que ela deu as costas. 

REUNIFICAÇÃO APÓS ABANDONO

Alguns pais que se retiram da vida dos filhos mais tarde reconhecem seu erro e desejam buscar perdão e restaurar o relacionamento. Nas situações em que o pai anteriormente não envolvido é capaz de participar mais regularmente da vida das crianças e se comprometeu a fazê-lo, a experiência pode oferecer a cura e a restauração necessárias.

Se surgir a oportunidade e você não tiver certeza do que fazer, considere conversar com um terapeuta ou conselheiro sobre suas preocupações antes de tomar uma decisão. 

Você já assistiu ao filme Joker o Coringa? Não? Faça a sua reflexão e comente!!

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Advogado e Empresário. Diretor de Marketing da Agencia Professor Gama

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