O filme Joker 0 Coringa não é sobre super heróis e vilões numa luta contra o mal. A obra mostra o ser humano e o reflexo do abandono e da violência física e emocional pela família e a sociedade.
É sobre o quanto a criação familiar é contundente nas nossas vidas quando adultos. Das violações sofridas, os conceitos morais distorcidos e o total desamparo emergem o Coringa – órfão de alma, mas sobretudo, um homem bom, de bom coração apesar de toda a negligência desde a infância.
A sua esquizofrenia ou psicopatia extravasava no riso, em estados espontâneos de riso sem controle. Inteligente, sensível e sem amor algum, mas carregado de dor, ele encontrou na sua realidade possível a sua redenção.
Entendeu que tirar a vida de quem é mau, ou que vira as costas para ele era a solução. Como se um tiro extirpasse toda a maldade que ele passou e ninguém seria mais vítima daquela pessoa. No riso sem controle fluía sua loucura.
Neste post vamos discutir sobre o abandono infantil e os reflexos sobre a vida adulta fazendo uma analogia ao anti-herói Joker. Será que o pequeno Coringa soube lidar com isso?
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COMPREENDENDO E LIDANDO COM O ABANDONO INFANTIL
O abandono infantil geralmente se refere à recusa voluntária dos pais de apoio físico, emocional e financeiro de um filho menor. Em outras palavras, o abandono ocorre quando os pais não cumprem suas responsabilidades parentais e optam por não ter contato com o filho.
No caso particular do personagem Arthur Fleck – o Coringa o abandono foi sem custódia dos pais naturais e sob custódia exclusiva, no caso, da mãe adotiva. O filme sugere isso. Na vida real, mesmo aqueles que lutaram arduamente no tribunal para obter a guarda dos filhos – também podem ser acusados de abandonar seus filhos.
POR QUE OS PAIS ABANDONAM COMO JOKER, O CORINGA?
A pergunta mais comum é: “Como os pais podem fazer isso?” Infelizmente, os pais que abandonam seus filhos frequentemente o fazem porque acreditam que estão mal preparados para proporcionar a estabilidade emocional e financeira de que a criança precisa.
É comum culpar isso pela capacidade da geração anterior de mãe (ou não), e, no entanto, não é verdade que todos os pais que abandonam foram maltratados, ignorados ou negligenciados na infância.
Certamente, vemos exemplos todos os dias de pais que foram negligenciados ou abusados e, mais tarde, se tornam pais comprometidos e amorosos. Portanto, esses tipos de generalizações não se sustentam quando examinados mais de perto.
A dúvida é um denominador comum nos casos em que os pais abandonam voluntariamente seus filhos. Embora não seja uma desculpa legítima, pode ser um fator importante a considerar ao tentar explicar ao seu filho por que o outro pai escolhe não se envolver.
EXPLICANDO O ABANDONO A UMA CRIANÇA
Em Joker o Coringa, temos o retrato de um homem com doença mental que perde sua rede de apoio, cai nas mãos da sociedade e se torna um assassino. O filme descreve seu sofrimento emocional como sendo culpa de uma mulher que não o alimenta: sua mãe.
Na vida real, irão surgir dúvidas e questionamentos caso o abandono ocorra de um lado, ou se ocorrer a adoção. Então, se você está criando seus filhos por conta própria, e o outro pai optar por não se envolver, você pode antecipar para seus filhos algumas respostas a perguntas difíceis que serão necessárias responder. As dicas a seguir podem ajudar:
NÃO ADIE CONVERSAS IMPORTANTES
É tentador adiar a conversa, mas se seus filhos estão falando disso, estão prontos para falar sobre isso.
CONFIE EM SI MESMO
Você não precisa ter as palavras perfeitas planejadas. Reconheça suas perguntas e suas mágoas. Mostre empatia e diga a eles que você sempre estará lá, não importa o quê.
Encontre algo positivo a dizer sobre o seu ex. Pode ser difícil, especialmente se você ainda estiver com raiva ou se a separação for recente. Mas é importante lembrar que seus filhos carregam uma parte de seu ex e você não vai querer dar a eles a ideia de que ele é “muito ruim”.
CONTINUE A CONVERSA
As chances são de que você tenha muitas conversas com seus filhos sobre esse problema. Para eles, reconhecer e nomear o abandono é apenas uma parte do processo de luto. Eles provavelmente experimentarão muitas emoções complexas, incluindo tristeza e raiva, antes de chegarem a um ponto de aceitação, e precisarão saber o tempo todo que você está disposto a ouvi-las e ser um ombro para se apoiar.
AJUDE SEU FILHO A LIDAR COM O ABANDONO
O abandono também pode levar à perda dos direitos dos pais. No entanto, um pai ou mãe não pode simplesmente escolher ou eleger por si próprio a renúncia a esses direitos.
Em Joker o Coringa na tentativa de encontrar um pai, fruto da fantasia ilusória de sua mãe, ele descobre que é adotado, da maneira que muitas crianças costumam saber, por outras pessoas e cruelmente. Além de descobrir que ele é adotado, também fica sabendo que a sua mãe tinha problemas mentais.
Ao visitar o hospital, pede seu prontuário e lá estão informações de que ele foi agredido fisicamente pelo parceiro da mãe adotiva, que foi encontrado amarrado a um radiador, ferido, desnutrido, com vários sinais de violência, e que sua mãe foi responsabilizada por permitir que seu parceiro o abusasse, ou seja, ela era cúmplice dos maus-tratos e que sua doença neurológica, que o faz ter acessos de riso, pode ter sido causada pelas agressões que sofreu na infância.
A mãe idealizada morre, mas não apenas uma morte simbólica. A doença mental é caracterizada pela inversão entre ação real e simbólica. Ambos se misturam e o símbolo se torna literal. Todos sabemos que precisamos matar pai e mãe simbolicamente para que possamos amadurecer e renascer o pai e a mãe interior dentro de nós, mas na psicose o caminho simbólico está errado.
É equivocado que o inconsciente seja apenas belo em sua numinosidade, ou seja envolto em um sentimento de dependência absoluta. O numinoso também pode ser extremamente esmagador, destruindo tudo ao seu redor.
De certa forma, essa descoberta é redentora, mas psicótica, libertando-o da opressão que sua mãe exercia sobre ele. No fim do filme Joker o Coringa ele é preso e colocado numa camisa de força no velho e arcaico papel da sociedade de reabilitar aquele que ela deu as costas.
REUNIFICAÇÃO APÓS ABANDONO
Alguns pais que se retiram da vida dos filhos mais tarde reconhecem seu erro e desejam buscar perdão e restaurar o relacionamento. Nas situações em que o pai anteriormente não envolvido é capaz de participar mais regularmente da vida das crianças e se comprometeu a fazê-lo, a experiência pode oferecer a cura e a restauração necessárias.
Se surgir a oportunidade e você não tiver certeza do que fazer, considere conversar com um terapeuta ou conselheiro sobre suas preocupações antes de tomar uma decisão.
Você já assistiu ao filme Joker o Coringa? Não? Faça a sua reflexão e comente!!
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