App também usa selfie de segurança para ajudar a evitar fraudes.

Já imaginou trocar páginas e páginas de documentos em papel, por uma versão digitalizada num aplicativo de celular? Pois é possível, e possui a mesma validade jurídica. A ideia surgiu da empresa eBox Digital, fundada há dois anos em São Paulo, e que faturou R$ 1,8 milhão em 2016.
De acordo com informações da Uol Economia, os documentos são digitalizados através de um aplicativo de celular, o eBox Capture. Ele captura documentos, imagens ou vídeos, classifica e disponibiliza em tempo real pelo sistema eBox, sem utilizar scanner.
Entre os clientes, estão empresas de recursos humanos, que digitalizam documentos de funcionários, e transportadoras, que substituem pela versão digital os canhotos em papel das entregas feitas.
Como funciona o App
O app usa recursos como assinatura no celular ou tablet com certificado digital; selfie de segurança que insere a imagem de quem está assinando; e gravações de voz para comprovar a identidade do usuário.
O aplicativo também possui geolocalização e carimbo de tempo. Ambos servem como evidência de que a operação foi realizada no local e data informados. O serviço está disponível apenas para empresas. Marcelo Araújo, fundador da eBox Digital, acredita que a tecnologia também deve chegar ao consumidor final em breve.
O serviço é cobrado por transação, que varia de R$0,20 a R$2, dependendo do volume. “A digitalização traz mais agilidade para as relações comerciais, pois as empresas não precisam esperar por dias pelo documento impresso que vai chegar pelos Correios, por exemplo”, diz Araújo.
A empresa oferece também o serviço de guarda de documentos que precisam ficar armazenados por algum tempo, por preços a partir de R$450 por mês. Cada segmento tem sua legislação sobre isso: por exemplo, prontuários de funcionários devem ser mantidos por 30 anos, notas fiscais, por cinco anos, etc.
Autenticidade é um risco para o negócio
Para Alberto Ajzental, professor de estratégia de negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a empresa acerta ao oferecer mais facilidade na consulta aos documentos. “É interessante ter acesso imediato às informações numa tela, sem precisar vasculhar arquivo morto”, diz.
Porém, ele ressalta que as ferramentas antifraude não são suficientes para garantir a autenticidade. “Quem tem o poder de dar autenticidade a documentos é o cartório. E, em última análise, é o documento físico que garante essa autenticidade. A segurança é o principal risco das empresas de tecnologia”, diz.
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