Em Wall Street e Vale do Silício estão usando para promover o aumento dos poderes cognitivos. Conheça os efeitos na espécie humana!
A capacidade cognitiva da espécie humana pode ser alterada com a prática do biohacking
Imagine-se hackeando o próprio organismo a fim de tornar-se mais produtivo, inteligente e focado? Ou que tal enxergar no escuro, sentir campos eletromagnéticos, não sentir frio, ou controlar aparelhos eletrônicos com as mãos? Essas capacidades consideradas muitas vezes sobre-humanas são práticas adquiridas por meio do Biohacking.
O que é biohacking?
O biohacking é uma mistura de biologia com a ética hacker onde é possível alterar o próprio organismo por meio de intervenções. De acordo com os entusiastas da prática isso é possível com o uso de nootrópicos (smart drugs) e técnicas de alimentação. Com eles você desenvolve o próprio corpo até conseguir fazer coisas que antes não eram possíveis.
O desenvolvimento tecnológico desses últimos anos permitiu o avanço da prática surgida por volta de 1998. Ela ganhou força com a aplicação prática fora dos laboratórios universitários. O biohacking amplia a performance física e mental do usuário por meio de implantes, suplementos ou alimentos.
Como é possível atingir a performance na espécie humana?
Existem essencialmente duas grandes linhas de abordagem:
A interventiva
Ela utiliza implantes para melhorar a capacidade do próprio corpo. As técnicas incluem desde implante de chip no braço para liberação de anticoncepcional de forma periódica até pessoas injetando substância nos olhos para ter uma visão noturna. Esses biohackers são conhecidos como Grinders.
E a não interventiva
Acontece quando para melhorar a sua performance são usados elementos externos. E estes podem variar de áudios binaurais, a fim de aumentar a concentração, ou luz azul para dormir mais profundamente, até jejum intermitente para aumentar os níveis de energia entre outros.
Melhor experiência de você
Nas duas abordagens o objetivo é hackear a própria biologia para procurar ser a melhor versão de você mesmo. Isso é chamado de transhumanismo, uma filosofia que incentiva o uso da biotecnologia para superar limitações do corpo e melhorar as condições humanas. Amparado na alta tecnologia está a possibilidade de superar o envelhecimento, deficiências cognitivas e diversos sofrimentos causados por fatores considerados sem controle. É fundamentalmente alterar a condição humana através do uso de tecnologias e torná-lo um ser humano superior.
Objetivos do biohacking
Os propósitos da prática são muitos, e entre eles estão:
- adquirir capacidades;
- aumentar o foco;
- criatividade;
- energia;
- melhorar o humor;
- controlar a ansiedade, hiperatividade ou desatenção.
A moda dos nootrópicos

Segundo a prática, as melhorias podem ser possíveis com a utilização dos nootrópicos, compostos naturais ou sintéticos que aumentam os poderes cognitivos.
As substâncias que derivam da palavra grega “nóos” (mente ) e “tropo” (direção) ao que tudo indica podem ajudar a melhorar o desempenho mental sem produzir efeitos colaterais negativos.
O uso vem aumentando entre as pessoas de diversos países e lugares. Um deles é o Vale do Silício – região do norte da Califórnia, nos EUA, considerada a capital mundial da indústria da tecnologia. Por lá, os nootrópicos vêm se popularizando.
Mesmo com o ceticismo da sua eficácia pela comunidade científica, os potencializadores cognitivos, são muito usados em ambientes de trabalho competitivos. Em Wall Street por exemplo, considerada a meca do mercado financeiro em Nova York.
“Existe uma ideia de que, se você usa drogas inteligentes para potencializar sua inteligência, está trapaceando… Mas não acredito haver algo de mal em querer que seu cérebro funcione melhor”, explica Jesse Lawler, programador que vive em Los Angeles e utiliza há alguns anos os nootrópicos e outras drogas inteligentes.
O programador esclarece que existe um certo equívoco entre os usuários dos nootrópicos. Ele afirma que há muita gente se aproveitando da forma de como tomá-las e usá-las para ganhar dinheiro.
“Se você está pensando em comprar pela internet, tenha cuidado”, adverte.
Estudos não conclusivos
Para o professor de neurociência da Universidade do Texas em Dallas, Lucien Thomson, há dúvidas sobre a eficácia de muitos dos nootrópicos. “Os estudos já realizados não são conclusivos”, afirmou.
“Muitos dos sistemas neurotransmissores que conhecemos e que estão ligados à memória também participam de outros processos. Se você tomar algo para melhorar a memória, estará afetando também outras funções cerebrais, com efeitos imprevisíveis”, continuou.
“Além disso, não é possível controlar as quantidades dessas substâncias que as pessoas andam tomando. Sem uma supervisão adequada e considerar os possíveis efeitos colaterais, as consequências podem ser perigosas”, informa o especialista.
Conforme Lucien, ainda a melhor forma de melhorar nossas funções cognitivas é por meio de uma boa saúde.
“Sabemos que a atividade cerebral melhora com o exercício. As pessoas levam um estilo de vida sedentário e querem resolver isso com uma pílula, o que é absurdo”, completou.
Estimule sua mente
O especialista indica estimular a mente com exercícios intelectuais e vida social. “Fazendo palavras cruzadas, por exemplo, e mantendo uma vida social. E não me refiro às redes sociais, mas sim conversar com outras pessoas. Tudo isso traz benefícios à memória.”
Alguns remédios podem trazer benefícios para a memória, mas Lucien destaca que, nos estudos a maioria dos nootrópicos vendido não obtiveram efeitos positivos.
Você acredita no poder potencializador das nossas faculdade cognitivas pelo uso dos nootrópicos? Deixe seu comentário.
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