A startup Botler ajuda a trazer acessibilidade generalizada aos serviços jurídicos através da AI.
O Bot atende inicialmente Imigrantes.Saiba mais
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Imerso em sites e fóruns de discussão online para resolver seu processo como imigrante, o engenheiro de software e iraniano Amir Morajev, decidiu criar a Botler AI.
A partir da sua dificuldade como imigrante, Amir fundou a empresa de tecnologia Botler AI, uma startup baseada em Montreal.
E com ela desenvolveu um chatbot gratuito para ajudar os usuários sobre como buscar os procedimentos legais exigidos para a imigração.
Com a “ajuda de peso” do cientista da computação canadense, Yoshua Bengio, o reforço necessário aos Imigrantes havia chegado.
Mais conhecido por seu trabalho em redes neurais artificiais e aprendizagem profunda, Bengio trouxe ao chatbot habilidades importantes.
O bot utiliza as técnicas pioneiras de compreensão e tradução da linguagem natural, estudadas pelo cientista.
Inteligência Artificial (AI) para o bem
Em um comunicado na imprensa, Bengio destaca a importância da utilização da AI para causas de impacto social.
“Eu sabia que essa era uma ideia que precisávamos levar para um outro nível.
Eu quero que a AI seja desenvolvida em direção a um impacto social positivo e este é um lugar onde a AI benéfica deve acontecer”, esclarece.
E completa ainda,
“A Deep Learning (aprendizagem profunda) pode ajudar a fornecer serviços jurídicos acessíveis.
E também gratuitos a pessoas que de outra forma não poderiam ter acesso”, disse ele.
Dificuldades dos imigrantes moveu a criação da Startup
A Botler AI foi fundada por Amir quando mudou-se para o Canadá para prosseguir com seus estudos de pós-graduação e para trabalhar com tecnologia.
O engenheiro sofreu quando foi confrontado com as complexidades do processo formal de imigração.
Quando sua licença de trabalho expirou, ele teve que deixar o Canadá até o governo rever o seu pedido de residência permanente.
Ele criou a Botler não com a ambição de lançar uma nova startup.
Mas com a esperança de construir um bot que pudesse ajudar a si mesmo e a outras pessoas na situação dele.
“No momento em que eu tive que partir, percebi que todo esse sistema de imigração e os procedimentos legais por trás disso são muito complicado.
E eu queria aprender mais sobre o processo”, lembra ele.
Assim, Amir passou a buscar informações e jurisdições legais em sites de governos e fóruns de discussão on-line.
Confrontado com “uma sobrecarga de informações” que era difícil de analisar, Moravej encontrou inspiração para fazer o Botler.
De chatbot FAQ a apoio total no processo de imigração
Lançado em junho passado como um chatbot FAQ que poderia fornecer respostas às questões de imigração dos usuários, o Botler evoluiu.
E em fevereiro, foi relançado como um chatbot que pode levar aos usuários, todo o processo de imigração até chegar ao preenchimento do pedido de imigração.
“O principal objetivo do lançamento do chatbot na época era ajudar os alunos.
Em especial os que foram afetados pelas novas mudanças na política de imigração nos EUA”, diz Moravej.
E isso se intensificou quando o presidente Trump emitiu uma ordem executiva em 27 de janeiro.
Ela proibia Imigrantes do Iraque, Síria, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen de entrar nos Estados Unidos por 90 dias.
A startup reagiu e resolveu mudar sua data de relançamento para ajudar estudantes desses sete países no Canadá.
Por enquanto, o Botler ainda presta assistência apenas aos candidatos à residência no Quebec.
Mas Moravej diz que planeja uma expansão significativa, especialmente agora com o apoio de Bengio.
O cientista é professor da Universidade de Montreal e diretor do Instituto de Aprendizagem de Montreal.
Ele tem atuado no papel do conselheiro da estratégia.”Temos muita sorte em tê-lo a bordo”, diz Moravej.
Aprendizado profundo ajudará Botler a se tornar um chatbot legal
A equipe da startup vai utilizar o aprendizado profundo para capacitar o entendimento da linguagem natural do Botler AI.
Entre eles, o reconhecimento de imagens e a classificação de documentos, além de avançar para um chatbot no campo legal e entender mais idiomas.
Além de estender os serviços relacionados à imigração do Botler para locais fora do Quebec, Moravej pretende expandir o alcance em outros domínios jurídicos.
Como os que afetam a vida diária dos consumidores, como o direito da família ou outras interações entre as pessoas e o governo.
A startup se associou a uma firma canadense de imigração enquanto produzia a atual versão do Botler.
Moravej planeja continuar colaborando com advogados para fornecer o conhecimento legal necessário para os serviços de sua empresa.
Sucesso do bot vai ampliar o atendimento da startup
Com o objetivo de ampliar o atendimento para além da imigração, a startup pretende englobar todos os serviços jurídicos legais.
“Nosso objetivo agora não é apenas permanecer na imigração.
Todo o sistema legal e os procedimentos legais são realmente complicados para os consumidores médios.
A única alternativa seria contratar um advogado, que é muito caro.
E o que queremos oferecer são serviços jurídicos realmente acessíveis ou, em muitos casos, livre para todos”, finaliza.
Ampliar a abrangência da AI para combater as mazelas sociais, como a dos imigrantes, tem sido uma grande prova de que a tecnologia pode ser usada para o bem.
E os chatbots têm sido uma boa alternativa.
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