Como melhorar seu sono durante a pandemia de COVID-19

Para milhões de pessoas em todo o mundo, mudanças e incertezas se tornaram o novo normal durante a pandemia do COVID-19, e muitas estão enfrentando consequências devastadoras, incluindo doenças, morte, perda de emprego e instabilidades no sono.

É provável que a pandemia também esteja causando alterações secundárias na saúde e bem-estar, incluindo problemas de sono.

De fato, o COVID-19 é uma tempestade perfeita para interrupções do sono.

A grande maioria das pessoas experimentou mudanças em suas agendas diárias resultantes de fechamento de escolas, perda de empregos e pedidos de trabalho em casa.

Muitos perderam suas “âncoras do tempo”, como deixar as crianças na escola, chegar ao escritório ou ir à academia, o que ajuda a estabelecer rotinas diárias.

Pessoas que perderam o emprego ou estão trabalhando horas reduzidas podem dormir mais tarde ou mais, o que pode levar à perda de foco e irritabilidade.

Um sono sem interrupção e com boa duração são fundamentais para a saúde.

Listamos algumas das recomendações para você que está passando por isso.

ISOLAMENTO PODE GERAR PROBLEMAS NO SONO NA PANDEMIA

A maioria das pessoas que estão com problemas para dormir também está experimentando ansiedade e medo – sobre adoecer, seus entes queridos adoecerem ou dificuldades financeiras – que podem interferir.

Experimentar o isolamento pode levar à depressão, que está associada a problemas de sono.

Para aqueles que perderam um ente querido durante a pandemia, a dor também pode causar problemas para dormir.

Além disso, as pessoas presas em casa passam mais tempo na frente das telas.

As crianças que estão aprendendo a distância estão fazendo mais trabalhos escolares em computadores.

Verificando as notícias, redes sociais, conversas pelo whatsapp com amigos e familiares aumentam o tempo da tela.

Pesquisas mostram que a luz azul emitida pelas telas pode atrapalhar os padrões de sono.

Todas essas perturbações do sono ocorrem em um momento em que a maioria das pessoas pode usar o sono de qualidade mais do que nunca.

Pesquisas demonstram que o sono é importante para manter nosso sistema imunológico funcionando nos níveis mais altos.

E mostram que a insônia está ligada a sérios distúrbios de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, abuso de substâncias e psicose.

DICAS DE COMO MELHORAR O SEU SONO NA PANDEMIA

Felizmente, existem medidas que você pode tomar para melhorar seu sono durante esse período estressante.

Primeiro, há evidências de qualidade que uma boa higiene do sono melhora significativamente o sono.

Existem vários elementos para uma boa higiene do sono:

Estabelecer um horário regular para acordar e ir para a cama ajuda a mente e o corpo a se prepararem para dormir;
Reservar sua cama para dormir apenas cria uma associação em sua mente entre sua cama e o sono;
Embora possa ser tentador sentar na cama com o laptop para trabalhar, é melhor encontrar um lugar diferente, mesmo que seja a mesa ou o sofá da cozinha;
Nossa exposição à luz ajuda a regular nossos ciclos de sono, portanto, passar um tempo fora da luz do dia enviará ao seu corpo uma indicação de que é hora de acordar;
E evitar telas antes de dormir permite que seu corpo evite luz azul artificial, o que interfere no processo natural de sono do corpo;
Fazer atividade física durante o dia é outro aspecto importante da promoção da qualidade do sono;
Por fim, evitar álcool e cafeína, especialmente no final do dia, melhora a duração e a qualidade do sono.

Se uma boa higiene do sono não for suficiente, existem alguns tratamentos comprovados para insônia.

Estudos demonstram que a terapia cognitivo-comportamental é um tratamento eficaz para a insônia.

A terapia funciona ajudando você a controlar ou eliminar pensamentos e preocupações negativas que o mantêm acordado e desenvolvem bons hábitos de sono.

Outra opção é consultar um médico sobre medicamentos que podem ajudar a melhorar o seu sono.

Como vimos, a pandemia de coronavírus está trazendo problemas de sono.

Mas há evidências claras de que um cuidado com as ações e pensamentos , terapia cognitivo-comportamental e alguns medicamentos prescritos podem ajudar.