Levantamento da Abcon e Sindcon indica que empresas privadas de saneamento atendem 6% das cidades brasileiras. Veja os dados.

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira e do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto (Abcon e Sindcon) revela que empresas privadas de saneamento atendem 322 municípios brasileiros.
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O fato é que o levantamento indicou que mesmo com a baixa participação de municípios, as empresas foram responsáveis por 20% dos investimentos em saneamento.
O montante chegou a R$ 2,4 bilhões do total investido no setor de saneamento do Brasil.
Sendo que a soma total empregada no país em 2016, foi de R$ 12, 2 bilhões.
Força do capital privado
Atender 6% dos municípios e investir 20%, é um grande fôlego para o setor privado.
E mostra o comprometimento desse capital com a prestação de serviços.
O estudo aponta ainda que o número de municípios apesar de pequeno, aumentou de 2015 para 2016 em 1 ponto percentual.
E a grande parte dos recursos ainda vem de companhias públicas estaduais (70%) e 25% de prestadoras públicas locais ou microrregionais (autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e organizações sociais).
40 milhões sem água tratada
Para o diretor presidente do Sindcon, Alexandre Ferreira Lopes, os investimentos no setor de saneamento são ainda muito baixos.
Principalmente quando temos 40 milhões de brasileiros sem água tratada e 105 milhões sem coleta e tratamento de esgoto.
E isso compromete a universalização do setor de saneamento.
Lopes critica ainda os entraves regulatórios e a falta de uma agência reguladora federal para atuar na fiscalização.
Esses impedimentos distanciam o setor privado de uma maior participação no setor.
Mesmo assim, a iniciativa privada expandiu sua participação. No início do levantamento pela Abcon e Sindcon há 4 anos atrás, a atuação privada era de 5%.
Novo momento para o saneamento brasileiro
O diretor acredita numa nova tendência do setor de saneamento depois dos resultados da pesquisa. “Acreditamos que estamos vivendo um novo momento do setor.
O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal, e também a crise dos Estados, mostra a importância da participação do investimento privado.
São dois fatores que devem incentivar a solução dos entraves que temos hoje”, explicou.
De acordo com a Abcon e o Sindcon, os 322 municípios que detém capital privado no saneamento são atendidos por concessões plenas, parciais ou parcerias público-privadas.
E complementando os dados do levantamento, a iniciativa privada atingiu R$ 34,8 bilhões de investimentos comprometidos em contrato nas atuais concessões.
A pesquisa revela com certeza, um novo momento para os serviços de saneamento e em especial à saúde pública do Brasil.
Os investimentos de empresas privadas estão crescendo e isso é um importante indicador nesta frustrante batalha pela universalização do setor.
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