Facebook depois de ser acusado de promover a divulgação de notícias falsas para favorecer a vitória de Donald Trump, a rede social se une ao Google para aplicar medidas contra sites maliciosos.

Noticias Falsas na Mira do Facebook e Google
Facebook e Google, os gigantes do Vale do Silício, se uniram para colocar em prática um sistema de detecção de notícias falsas.
A forma de identificação promete punir com o corte do serviço online de publicidade (AdSense) pelo buscador e mudanças na ferramenta Audience Network da rede social.
A medida de controle foi anunciada no dia 07/04, e segundo Adam Mosseri, vice-presidente do News Feed pelo Facebook, que alimenta a rede social com notícias.
O impacto da utilização de um filtro que irá detectar notícias falsas, boatos inverídicos e propaganda será grande.
“Será visto por milhões de usuários.
O Facebook tem mais de 1,7 bilhão de perfis ativos no mundo.
Nossa natureza é compartilhar.
Nesses casos pedimos que não se faça isso, que se breque a divulgação” , destaca Mosseri.
Eixos do Facebook no ataque
Notícias falsas não são exclusividade da rede social, mas o executivo concorda que elas são “ um flagelo”, para a empresa.
As armas de ataque para desativar o conteúdo estão anexadas em três eixos:
- corte nos incentivos econômicos para esta forma de publicação;
- a criação de novos produtos para cessar esse conteúdo;
- auxílio da sociedade na tomada de decisão com base numa informação.
“Mexer no bolso” de quem produz notícias falsas
O primeiro eixo deverá ser a primeira estratégia para tentar frear a demanda de informação inverídica na rede e nos seus murais.
De acordo com Mosseri, “Percebemos que quase sempre o incentivo para frear essa página é mais econômico que ideológico.
Quase sempre se repete um esquema: páginas com três ou quatro frases iniciais, que é o que se costuma ver no resumo do news feed, e o resto é publicidade.
É publicidade 80% ou 90% do artigo. Quando alguém clica nele, o dono da página lucra”, explica.

Outra estratégia será a suspensão e cancelamento de contas que originam o conteúdo.
Quem compra anúncios para dar mais evidência as notícias falsas terá uma atenção especial e passará por uma inteligência artificial que irá detectar por meio de padrões de comportamento.
Usuários serão recrutados para o front
Com a fronteira armada, o empenho da rede em reduzir e identificar os conteúdos maliciosos também terá na frente tática os usuários.
Será criado um botão para marcar os assuntos maliciosos.
As pessoas que perceberem que a notícia é falsa, receberão uma marcação e uma advertência antes do compartilhamento.
Outra mudança envolverá o mural. “Vamos melhorar a forma como se decide aquilo que aparece no mural.
Queremos que o falso não seja divulgado sem controle, mesmo que não seja clicado”, observa Adam.
Confirmação da notícia passará por vários filtros
No contra-ataque vale tudo.
O processo para confirmar se as notícias são falsas seguirá a seguinte estratégica.
Primeiro o usuário irá marcar a notícia e uma equipe da rede fará a revisão da origem desta informação e depois verificará se é falso ou verdadeiro.
Se o veículo da informação for real, mas o conteúdo duvidoso, o Facebook enviará a informação para veículos especializados em identificar se a notícia é falsa ou não.
Se pelo menos dois destes duvidarem da veracidade da informação, elas receberão a marcação de “questionáveis”.
As mesmas poderão ser compartilhadas mesmo assim, mas com presença menor na página principal de cada usuário.
No teatro de operações, associação também faz parte
Para garantir ainda mais a sua estratégia de combate as notícias falsas, o facebook se associou a cinco entidades de veículos especializados em confirmação de notícias até o momento.
São eles:
- Snopes,
- FactCheck.org
- Politifact,
- ABC News
- Agência de notícias AP
Todos se dedicam a comparar a veracidade de notícias e declarações.
Os veículos estão ligados a Poynter’s International Fact Checking Network (Rede Internacional de Verificação de Factos) IFCN, um fórum para verificadores de fatos em todo o mundo.
Essas organizações verificam de fato declarações de figuras públicas, instituições importantes e outras reivindicações amplamente divulgadas de interesse para a sociedade.
A Pynter possui um código de princípios o qual inclui o compromisso de transparência das fontes, metodologia e organização, além da aplicação dessas comprovações independentemente do viés ideológico do protagonista ou da publicação.
Fazem parte deste código cerca de 40 veículos de todo o mundo, entre eles, estão líderes como Observador, de Portugal, Full Fact, do Reino Unido, as agências brasileiras Lupa e Truco, e El Objetivo da rede espanhola de TV La Sexta.
Proximidade com as forças de comunicação
“Prepara-te para a guerra, se queres a paz”, diz o ditado.
E nessa preparação nada mais importante do que o facebook olhar para o conteúdo que produz.
Para isso, criou o Facebook Journalism Project.
Num esforço para reforçar seu relacionamento com a mídia e organizações de notícias e jornalistas, a iniciativa do Facebook Journalism Project tem três objetivos:
- desenvolvimento colaborativo de produtos de notícias para a rede social,
- treinamento;
- ferramentas para jornalistas e para usuários.
Quanto ao desenvolvimento colaborativo de produtos de notícias incluirá novos formatos de narração, uma maior ênfase em notícias locais e modelos de negócios emergentes.
A rede social hospedará hackatons e reuniões regulares com parceiros editoriais.
“Temos o compromisso de fazer melhores ferramentas, serviços e produtos juntos.
Para que os cidadãos tenham informação melhor.
Estamos nos aproximando de especialistas, como a escola de jornalismo Walter Cronkite, do Arizona, em colaboração com o News Literacy Project, diz Adam Mosseri.
Investimento no jornalismo e na alfabetização de notícias
O Facebook é um dos financiadores e fundadores da News Integrity Initiative (Iniciativa de Integridade de Notícias) um consórcio global que detecta notícias falsas.
A iniciativa conta com 25 membros que combina tanto empresas de comunicação quanto instituições ou fundações como a Mozilla.
O fundo inicial tem US$ 14 milhões (cerca de R$ 45 milhões) para aprofundar a pesquisa sobre notícias, formatos e sua divulgação.
Enfim, as estratégias do Facebook na guerra para combater a disseminação de notícias falsas na sua rede foram lançadas, agora cabe aguardar as contestações de frentes opostas e a reação dos usuários aos filtros e aos apelos de Mark Zuckerberg
Resumindo parece papo e estratégia de Branding
A União de duas potenciais de Trafego e Mídias, pode ter como primeiro público motivo a união para combater notícias falsas.
Em relação ao Trump isso deixou muito o facebook em evidência, mas não vamos muito longe igualmente no Brasil, sequenciamento a operação lava jato, é distorcida ou noticiada condenações e depoimentos nunca existentes.
Sequencialmente domínios e blogs ditos “fakes” erguem-se para notificar o que bem entendem, e muito saudável fazer tais notificas inverídicas serem varridas e penalizadas.
Mas porque eu desconfio que isso esta com cara de produto novo?
Uma funcionalidade dessa uma vez com o algoritmo ajustado, quem garante que não será cobrado?
Será mesmo que o facebook ou google apenas querem deixar a experiência da audiência melhor?
Ou em breve um novo serviço poderá estar sendo ofertado por essa plataforma.
Se há espaço para investigação jornalística, e parceria com fontes jornalística de mundial alcance, quem sabe um startup com os algoritmos certo não possa resolver isso?
Mas a pergunta que se faz quem vai engolir o algoritmo de quem?
O facebook terá poder de retirar a falsa noticia do google, e fazer a varredura no SEO?
O Google vai banir contas do facebook?
Acho que na prática, não ficou nada claro como essa questão vai se implementar.
Como Branding a atitude é correta e elogiável, mas será que não passará disso mesmo?
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Temas que abordamos nessa página:
- 1 Noticias Falsas na Mira do Facebook e Google
- 2 Eixos do Facebook no ataque
- 3 “Mexer no bolso” de quem produz notícias falsas
- 4 Usuários serão recrutados para o front
- 5 Confirmação da notícia passará por vários filtros
- 6 No teatro de operações, associação também faz parte
- 7 Proximidade com as forças de comunicação
- 8 Investimento no jornalismo e na alfabetização de notícias
- 9 Resumindo parece papo e estratégia de Branding
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