Quando for inevitável romper uma sociedade, a melhor saída é acabar de forma amigável, sem que a empresa toda sofra. Entenda como isso é possível.

Os empreendedores quando decidem empreender, geralmente escolhem como sócio alguém que esteja próximo ou que tenha alguma afinidade, seja emocional ou financeira.
Até aí tudo bem, mas quando surge o primeiro conflito de ideias sobre as perspectivas futuras da empresa, aquele sócio já não parece mais ser o ideal e as divergências se traduzem em constantes brigas e chega o momento onde é melhor você pedir ao colega que se retire.
Então, neste delicado momento, o melhor é ler nosso post com as 5 dicas sobre como deixar seu sócio sem muitos atritos e não comprometer os colaboradores da sua empresa.
O que fazer primeiro quando terminar uma sociedade?
É chegada a hora de comunicar isso para ele. O que fazer então? Sentar e abrir o jogo direto para o seu sócio?
Ou procurar talvez um advogado para fazer isso?
Quais são as ações mais indicadas para conduzir essa saída de forma que não afete sua empresa?
Fazer o processo de desligamento de forma ética, transparente e o mais racional possível é um grande desafio, por isso compartilharemos com você o passo a passo desse processo.
1. Falta de alinhamento
Na maioria das situações de desligamento de sócio, a causa principal está na falta de alinhamento.Esperar por iniciativas do outro e não obter retorno, mas lembre-se que esta pode ser uma “via de mão dupla”. Apegar-se em pequenas situações como o número de horas trabalhadas por cada um.
A questão da sucessão também pode atrapalhar se não for bem planejada e as pressões familiares começarem a acontecer. Seja para incluir o filho que acabou de se formar e quer ser contratado. Enfim, as situações podem ser as mais diversas quando não existir um alinhamento na sociedade vai chegar o momento da saída.E para esse problema propomos duas soluções:
- Vender sua parte aos outros sócios ou a terceiros;
- Mover ação judicial de dissolução parcial da sociedade.
Exponha os fatos com argumentos
Quando vender a sua parte for o melhor e o possível, essa negociação deve ser feita de forma mais amigável possível. Tente resolver de forma racional e dentro do escritório.
Do contrário, se escolher brigar, as consequências de uma desavença judicial seguirá nos mesmo moldes de um divórcio ou ação trabalhista. Então, chegue para seu sócio e exponha os fatos e dados reforçados por seus argumentos. Essa é a melhor forma de conduzir essa situação.
Uma dica é usar este argumento segundo a Endeavor:
“Você não está entregando, sua área tem dado menos resultados nos últimos cinco anos, você extrapola o orçamento todo ano, tem contratado errado, a taxa de turnover é mais alta que a média na sua área…“
Em situações em que a sociedade enfrenta um rompimento com alto grau de emocionalidade, é preciso mostrar aos dois lados o que a irracionalidade causaria numa ação judicial:
- Derretimento do ativo;
- Prejuízo no clima interno dos colaboradores.
Em grande parte das situações em que esta é a solução, o ambiente corporativo fica ruim, há tentativas de prejudicar um ao outro, ficam sem se falar.
2. Falta de dinheiro para comprar a parte do sócio
O importante neste item é ter em mente o que fazer depois que o sócio se for. E existem diversas formas de fazer o pagamento, que não apenas com dinheiro. Pois se a ideia for abrir um novo negócio, no caso, será preciso receber o pagamento pela sua parte.
Tenha cautela nessa hora. Se não houver caixa suficiente ou será preciso se endividar e comprometer o crescimento da sua empresa, deixe para outro momento. Não quebre sua empresa só para pagar seu sócio.
3. Se optar pela ação judicial, o que acontece?

Sem um consenso entre as duas partes quem vai aprovar ou não o valor pago ou a forma de pagamento será o juíz, e isso vai tornar tudo mais lento e difícil numa ação judicial.
A justiça possui inúmeras discussões judiciais voltadas a avaliar a participação de quem sai.
E quase sempre o valor é definido no contrato social da empresa e está relacionado ao patrimônio líquido.
O que pode acontecer é o juiz fazer a leitura de que mesmo definido inicialmente, poderia haver uma alteração quanto ao valor da empresa.
Portanto uma ação judicial é muito ruim para os empreendedores e para a saúde do negócio.
Quem sair vai receber muitos anos depois.
E quem ficar vai ter que enfrentar a ação judicial que afetará a contratação de executivos, o plano de crescimento e até o novos investimentos.
E mais, vai prejudicar o clima da empresa, a estabilidade emocional dos empreendedores e o plano estratégico do negócio, pois tudo vai “ficar nas mãos” da solução desse problema.
4. Como trabalhar com o time nesse período?
Manter a neutralidade nas reuniões coletivas e na interação com os colaboradores é o melhor que se tem a fazer durante a negociação da separação.
Nos casos em que houver uma relação cordial entre os sócios é possível manter as salas fechadas até o momento da resolução definitiva e a comunicação ao time. E ainda entrar em acordo de um deles sair apenas quando encontrarem juntos um investidor.
5. Buscar primeiro meu sócio ou advogado?
De acordo com a Endeavor, a melhor solução neste momento é encontrar alguém neutro para orientar quanto a melhor forma de saída do seu sócio.
Uma conversa muito no início e com os argumentos errados envoltos em situações emocionais, poderá gerar uma briga e não será possível voltar atrás. Sendo a justiça o única opção.
Como diz o provérbio:
“Amigos, amigos, negócios à parte”. Pense e repense antes de chamar um amigo para colocar aquela ideia em prática e formar uma sociedade.
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