Um golpe antigo voltou a atacar novamente. Entenda mais sobre ele e como evitá-lo!

Golpe da pirâmide financeira — Desconfie de negócios tentadores, mas que exigem algum pagamento antecipado.

Em tempos de desemprego em alta, pessoas estão vulneráveis a um negócio tentador e disfarçado. Esse negócio promete ganhar dinheiro fácil e rápido. O golpe é antigo, mas está voltando à tona e fazendo muitas vítimas: é o golpe da pirâmide financeira.

Funciona da seguinte forma: quanto mais pessoas você leva para o grupo do negócio que envolve a venda de um produto ou serviço, mais dinheiro pode ganhar. Seria ótimo se fosse verdade, mas não é!

O golpe é aplicado por empresas falsas que nem sempre vendem produtos ou prestam serviços. Essas empresas recrutam pessoas para fazer parte de um grupo, cuja a finalidade é arrecadar dinheiro para o dono do negócio.

A operação é ilegal e regida pela lei 1.521 de 1951, sendo um crime contra a economia popular. A punição para quem pratica o golpe é de 6 meses a 2 anos de detenção.

“É muito difícil combater essas pirâmides, porque elas se reinventam a todo momento. Durante a crise, é ainda mais fácil acreditar na falsa promessa de ter uma renda extra informal de um jeito fácil e rápido”, explica o pesquisador Renato Araújo, da associação de consumidores Proteste.

Golpe vem sendo aplicado no RS

Um golpe da pirâmide financeira está sendo investigado no Rio Grande do Sul. A empresa baiana D9 é acusada de aplicar o golpe. Ela faz com que as vítimas depositem um valor para a empresa por meio de seu site, com a promessa de ganhar imediatamente entre 30% e 150% do valor aplicado em apostas de eventos esportivos, como jogos de futebol.

A D9 está registrada como uma empresa de comércio varejista especializado em peças e acessórios de aparelhos domésticos. Nada relacionado com o que oferece em seu site.

A empresa começou a ser investigada após um advogado procurar a promotoria da cidade de Sapiranga. Ele relatou que estava movendo ações cíveis contra a D9, pois seus clientes não conseguiam resgatar o dinheiro investido na empresa.

Uma operação foi realizada pela polícia civil da Bahia no dia 3 de agosto, na qual foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Após a operação, o Ministério Público antecipou o cumprimento de um mandado de busca em Sapiranga.

No dia 11 de agosto, foram apreendidos dois automóveis de luxo (Chevrolet Camaro) e R$ 14 mil em dinheiro. Também foram apreendidos computadores, tablets e celulares na residência de um suspeito de liderar o esquema no Vale do Sinos.

“As pirâmides envolvem produtos ou serviços de baixo valor e de difícil entendimento, sem regras claras de remuneração, e exigem que você invista dinheiro antecipadamente. Elas não se sustentam a longo prazo, pois para isso, precisariam envolver todas as pessoas do planeta”, explica a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Desconfie quando o negócio parecer fácil

As pirâmides financeiras ilegais podem se apresentar como falsas empresas de marketing multinível. Essas empresas garantem rendimentos rápidos e acima da média para vendedores de produtos baratos ou serviços de pouca utilidade. Além disso, cobram taxa de adesão e mensalidade para fazer parte da rede.

Se você já viu propagandas de negócios como esse, que parecem tentadores, mas que exigem algum pagamento antecipado, desconfie! Pode ser que seja o golpe da pirâmide financeira.

Suspeite se houver insistência do representante do negócio para que você faça parte de uma equipe e se a empresa não apresenta sua atividade de forma clara. É importante também conferir se a mesma possui o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), fazendo uma pesquisa na internet.

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