O termo ganhou popularidade com a operação Lava Jato. Entenda mais sobre ele neste post!

A delação premiada, antes pouco conhecida no Brasil, se tornou popular graças a maior operação de combate à corrupção já vista no Brasil: a Lava Jato. Através desse mecanismo, foi possível realizar 116 condenações e 27 prisões em mais de três anos de operação.
Mas você sabe realmente o que é a delação premiada? Neste post, vamos explicar o conceito do termo e sua aplicação. Confira!
Definição
Segundo o site Significados, a delação premiada é uma expressão usada no âmbito jurídico, que significa uma espécie de “troca de favores” entre o juiz e o réu.
Caso o acusado forneça informações importantes sobre outros criminosos de uma quadrilha ou dados que ajudem a solucionar um crime, o juiz poderá reduzir a pena do réu quando este for julgado.
Isso está previsto na lei brasileira desde 1999, através do decreto de lei nº 9.807 e no artigo 159 do Código Penal Brasileiro.
De acordo com informações da Jusbrasil, a delação premiada também é chamada de “colaboração premiada”, visto que nem sempre ela dependerá de uma delação.
Como funciona
O delator deve admitir todos os crimes e trazer novas informações aos investigadores, como explica matéria publicada no site da Veja. O acordo só será validado no momento em que for homologado por um juiz, que não participa das negociações. Participam somente o delator, seu advogado, o delegado de polícia e o representante do Ministério Público.
O próprio réu pode requerer a delação premiada, através de um pedido formal feito por seu advogado, ou sugerida pelo promotor de justiça que está investigando o processo criminal. Ele deve falar somente a verdade e não pode omitir ou prestar informações falsas.
Tais informações são passíveis de confirmação pelas autoridades. Se a delação premiada for feita corretamente, o acusado pode ter alguns benefícios, como:
- redução de um terço a dois terços do tempo da pena;
- cumprimento da pena em regime semiaberto, no lugar do regime fechado;
- a depender do caso, extinção da pena;
- e até mesmo perdão judicial (que nunca foi concedido no Brasil até hoje).
A delação premiada é uma forte aliada das investigações criminais e pode fornecer maiores resultados, até mesmo se comparada à participação de testemunhas.
Delação premiada e a Lava Jato
Não poderíamos deixar de falar da operação Lava Jato, que tem derrubado o crime organizado e a lavagem de dinheiro. Já foram realizados vários acordos de delação premiada durante a operação. Segundo o MPF, foram 78 até março deste ano.
Alguns dos principais delatores da Lava Jato, são o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Yousseff, o ex-executivo da empreiteira Toyo Setal, Júlio Camargo, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais recentemente, os donos da JBS, Joesley e Wesley Batista.
São vários os critérios indicados pela lei para atenuar a pena dos delatores, conforme matéria do G1. Entre eles, estão:
- a recuperação total ou parcial do dinheiro desviado;
- revelação da estrutura hierárquica e da divisão das tarefas da organização criminosa;
- gravidade dos crimes cometidos;
- tempo que demorou para delatar;
- se foi o primeiro a delatar o esquema;
- repercussão social do crime cometido;
- personalidade do delator.
Com a correta utilização da delação premiada, as organizações criminosas podem ser desmascaradas e destruídas. Outra vantagem é a recuperação de bens, pois é muito mais difícil encontrá-los de outra forma.
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