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Projetos de lei antipichação tramitam na Câmara de Vereadores da capital

Professor Gama
Escrito por Professor Gama em maio 26, 2017
Projetos de lei antipichação tramitam na Câmara de Vereadores da capital
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Dois projetos de lei que tratam do combate à pichação e ao vandalismo estão tramitando na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Entenda.

Lei antipichação
Mercado público da capital também sofre com a pichação. Foto: JC

Há dois projetos de lei antipichação que estão tramitando na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O primeiro foi encaminhado pela vereadora Mônica Leal (PP) no início deste ano. O projeto visa aumentar o valor da multa aplicada a quem cometer o ato. O segundo foi apresentado pela prefeitura e prevê punições mais duras contra o vandalismo de modo geral, incluindo os pichadores.

De acordo com informações do portal G1 RS,  existe um termo jurídico chamado interposição de prejudicialidade, que não permite o andamento de dois projetos sobre o mesmo assunto. Porém, há uma exceção, que é quando um dos projetos é encaminhado por um vereador e outro pelo Executivo.

Com o fato, as partes deverão definir uma proposta única, como explica Luiz Afonso de Melo Peres, diretor legislativo da Câmara.

O vereador Cláudio Janta (SDD), líder do governo na Câmara, afirmou que vai conversar com a vereadora Mônica Leal para tentar chegar a um consenso sobre essa questão. Mesmo assim, a vereadora diz ter sido surpreendida pelo Executivo.

“Eu fico surpresa com esse projeto e lastimo que o Executivo não saiba do meu. Agora, aprovado o meu projeto, inviabiliza o do governo na proposta de aumento da multa dos pichadores”, salienta.

O projeto da vereadora

O projeto que Mônica encaminhou à Câmara pede o aumento no valor da multa às pessoas que picharem edificações ou monumentos, sejam ele públicos ou particulares. Atualmente,  a multa é de R$ 585,78 e R$ 2.928,90 e foi estipulada pela própria vereadora. Com o novo projeto, o valor poderia chegar a R$ 10.153,32.

O projeto também vai manter a reparação do dano pelo pichador. O mesmo deverá limpar e pintar o local pichado ou contratar alguém para fazer o serviço.

“Acreditamos que, com a aplicação dessa medida socioeducativa, estaremos conscientizando a pessoa que praticar atos danosos ao patrimônio público ou privado de que cada cidadão é responsável por seus atos e pelas consequências advindas deles”, destacou.

O projeto do Executivo

A proposta do governo municipal prevê sanções mais duras para diversos atos de vandalismo, incluindo as pichações. Além disso, a Guarda Municipal passaria a ter novas atribuições e seus agentes poderiam exercer o poder de polícia administrativa do município, podendo trabalhar de forma preventiva, educativa, fiscalizadora e repressiva.

A multa estipulada pelo projeto do Executivo seria mais alta, com valores entre R$ 1.955 e R$ 11.730. Também, em caso do não pagamento da multa, o infrator terá seu nome inscrito nos serviços de proteção ao crédito e terá que ressarcir os danos causados.

Para o juíz Edson Jorge Cechet, presidente da Turma Recursal Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o aumento no valor das multas não impacta tanto na incidência desse crime, pois muitos nem teriam condições de pagar. O que pode ajudar mesmo no combate aos pichadores é a atuação da Guarda Municipal na fiscalização do delito.

Assim, a Guarda poderia recolher as provas do ato que serviriam de prova para um processo criminal. Segundo ele, isso seria mais eficiente do que a aplicação das multas.

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Advogado e Empresário. Diretor de Marketing da Agencia Professor Gama

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