Votação será nesta terça-feira (31). Se o texto for aprovado, regras podem ficar mais rígidas para os motoristas de aplicativos.

O plenário do Senado vota hoje a proposta que muda as regras para a atuação dos motoristas de aplicativos. O texto foi aprovado em abril pela Câmara do Deputados e tramita em regime de urgência. Será o primeiro item da pauta do senado na sessão desta terça-feira (31).
Os motoristas de aplicativos como Uber, Cabify e 99, são contra o projeto. Eles acham que o mesmo vai “inviabilizar” o trabalho. Segundo a Agência Brasil, o projeto prevê vistorias periódicas nos veículos, idade mínima para os condutores, exigência de “ficha limpa” aos motoristas, adesão de placas vermelhas e licença específica para trabalhar.
Já os seus concorrentes, os taxistas, são favoráveis à proposta, pois acreditam que a concorrência seria mais leal, já que as regras seriam semelhantes para todos. Eles argumentam ainda, que o transporte ficará mais seguro, tanto para passageiros quanto para motoristas.
A proposta foi modificada pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT). O substitutivo, apresentado pelo senador Pedro Chaves (PSC-MS), é mais favorável aos motoristas de aplicativos. As mudanças do texto, são a classificação do serviço como privado e a retirada da necessidade de permissão dos municípios. Como consequência, não seria exigida a placa vermelha.
Motoristas de aplicativos protestam contra a proposta
Usuários e motoristas de aplicativos se manifestaram através do facebook contra a proposta. Comentários contrários foram deixados por eles nas páginas dos senadores e enviados para o e-mail dos mesmos.
O Uber chegou a investir em anúncio contra a proposta no horário nobre de TV, além de mandar e-mails para todos os usuários cadastrados do serviço, com uma lista de motivos para que o texto seja rejeitado. No mesmo e-mail, a empresa pediu o apoio dos clientes para pressionar senadores de seus respectivos estados a votar contra o texto da Câmara.
O diretor-presidente da Associação Brasileira das Associações Civis e Cooperativas de Motoristas de Taxi, Edmilson Americano, admite que a categoria não tem o poder financeiro dos concorrentes. Mesmo assim, eles acreditam na aprovação do texto da Câmara. Motoristas de todo o país já estão em Brasília para acompanhar a votação.
“É desonesto e desumano cumprir os requisitos exigidos pelo Poder Público, como fazem os taxistas, e não exigir o mesmo para os motoristas dos aplicativos”, afirmou o presidente da associação.
Se o texto for aprovado pela Câmara, irá à sanção presidencial. Caso haja mudanças, o projeto terá de voltar à Câmara dos Deputados, para que seja tomada a decisão.
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