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Startup automatiza investimentos em ações por meio de robôs

Professor Gama
Escrito por Professor Gama em abril 10, 2017
Startup automatiza investimentos em ações por meio de robôs
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SmarttBot, fundada em 2011, faturou 1,6 milhões de reais em 2016, fazendo com que qualquer pessoa possa investir na Bolsa com a ajuda de robôs-investidores

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Tela em que o usuário pode ver as ordens executadas pelo seu robô, na startup. (Smarttbot/Divulgação)

Não é somente a questão do dinheiro que faz com que pessoas deixem de tentar investir na Bolsa. A maioria desconhece o mercado financeiro, não têm muito tempo para acompanhar os seus investimentos, além de ter medo de cometer algum erro durante esse processo.

Com isso, muitos brasileiros ainda optam por aplicações como imóveis e previdência privada, sem falar na poupança.

Partindo dessa ideia, o empreendedor Mateus Lana, que já investia em ações desde 2008, resolveu criar a SmarttBot em 2011, juntamente com os sócios Felipe Machado, Paulo Gomide e Leonardo Conegundes.

Juntos, eles pensaram em como usar robôs para automatizar aplicações, permitindo que mais pessoas virem acionistas. Seis anos depois, o negócio já passou por uma série de acelerações e acumulou 2 mil usuários cadastrados na plataforma – sendo 300 deles pagantes. Apenas no mês de fevereiro, 7 bilhões de reais passaram pela startup.

O nascimento da startup

Lana começou a se aprofundar sobre o tema quando virou investidor através da XP Investimentos. A partir daí, o estudante de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais decidiu elaborar uma estratégia para seus investimentos por meio de um pequeno programa, feito em VBA (linguagem de programação usada entre programas da Microsoft, como o Excel).

Mas, como as simulações que fazia eram limitadas pelo escopo do programa, decidiu então buscar mais informações com colegas da Universidade, o que o levou a frequentar o laboratório de Iniciação Científica do curso de Computação.

“O VBA estourou as possibilidades de combinações. Então, comecei a perturbar todo mundo que fazia Computação na mesma universidade”, conta Lana.

Lana e seus três sócios realizaram uma pesquisa em algoritmos para automatizar o investimento no mercado acionário, e os resultados obtidos com simulações dentro da academia estimularam os empreendedores a abrir o negócio com base nisso.

O lançamento da primeira versão da plataforma ocorreu só em 2013. “Ainda não sabíamos como ia funcionar esse modelo de negócio. Mas fomos à Bolsa, compramos a transmissão de cotações em tempo real deles e desenvolvemos nossa plataforma”, conta Lana.

Diferenciais

O principal diferencial da SmarttBot é a automatização por meio de robôs-investidores: códigos implementados que recebem e processam os dados do mercado conforme regras pré-estabelecidas pelo usuário, realizando o repasse de ordens para a Bolsa de forma automática.

De acordo com o empreendedor, o robô traz diversas vantagens ao usuário. As operações são executadas mais rapidamente e sem erros humanos; o investidor não é obrigado a acompanhar o pregão 100% do tempo e a fazer suas ordens manualmente; e o algoritmo não cede a humores e oscilações de preços pontuais, que geram estresse em qualquer investidor de ações.

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Parte da equipe na SmarttBot, no Google Campus (SP). (Smarttbot/Divulgação)

Outro diferencial da SmarttBot é a navegabilidade por aplicativos e desktop. “O robô roda na nossa infraestrutura. No caso de outras plataformas, o usuário tem de baixar o programa e instalar no seu próprio computador, o que joga a responsabilidade no hardware e na internet dele. É perigoso o robô travar enquanto o usuário está operando. Somos mais simples e somos baseados na web, e conseguimos crescer em cima disso”, explica Lana.

No ano passado, a startup criou uma espécie de loja virtual para que seus usuários possam vender suas estratégias pelo próprio site, ao invés de vendê-las em fóruns, sites próprios e pelo WhatsApp.

Como funciona a SmarttBot

O objetivo da startup é fazer com que qualquer um possa investir em ações: desde o estrategista até seus seguidores mais iniciantes.

Ao acessar a plataforma, o usuário escolhe uma estratégia baseada em Análise Técnica e em quantos indicadores quiser. Depois, ele define os parâmetros como critérios de entrada e saída, número de ordens e stops.

O terceiro passo é acrescentar os custos operacionais da corretora e ativar a simulação para fazer testes. Então, caso o robô tenha bons resultados, é só colocá-lo em modo real para que ele acompanhe e opere na Bolsa.

Além do o plano gratuito, em que o investidor pode fazer simulações com um robô que usa dinheiro virtual de uma corretora fictícia, a startup disponibiliza os planos Lite (100 reais de taxa por mês e até 10 mil reais investíveis, com 2 robôs operando simultaneamente); Pró (300 reais de taxa por mês e até 100 mil reais investíveis, com 5 robôs operando simultaneamente); e Expert (800 reais por mês e até 400 mil reais investíveis, com 15 robôs operando simultaneamente).

Em 2016, o negócio faturou 1,6 milhão de reais. Para este ano, a meta é chegar a 5 milhões de reais e ao menos mil assinantes pagantes. Além do desenvolvimento da plataforma e dos planos oferecidos, os empreendedores querem alcançar novos países.

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Advogado e Empresário. Diretor de Marketing da Agencia Professor Gama

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