Alternativa de financiamento para quem precisa tirar projetos do papel, mas não tem muitos recursos, o Crowdfunding pode ser utilizado em diversos tipos projetos. Entenda mais sobre ele neste artigo!

Muitas vezes, você tem ou conhece alguém que tem uma ideia genial, mas está somente no papel por falta de dinheiro para investir e tornar essa ideia um negócio. Aí que surge o Crowdfunding, ou financiamento coletivo.

Sabemos que os recursos disponíveis às vezes demoram e são difíceis de conseguir, ou são muito burocráticos.

É o caso da solicitação de empréstimos bancários, optar pela lei de incentivo fiscal ou edital, buscar uma empresa que queira investir na ideia e até mesmo ter que juntar o dinheiro do próprio bolso.

A ferramenta foi popularizada graças a internet e é uma forma muito bacana de contar com a ajuda de outras pessoas para alavancar um negócio. Quer saber como funciona? Acompanhe a seguir!

O que é Crowdfunding

O termo em inglês, significa financiamento colaborativo. E esta é bem a ideia da ferramenta: Por meio de plataformas colaborativas, pessoas ou equipes podem cadastrar seus projetos e conquistar o apoio de diversos colaboradores para a sua realização.

É como se fosse a boa e velha “vaquinha”, porém mediada pelas ferramentas digitais. O Crowdfunding tomou forma em 2005 e ficou conhecido em 2009 nos EUA. No Brasil, sua estréia foi 2011, onde ficou conhecido por plataformas como Catarse, Queremos!, Benfeitoria e Sibite.

Na prática, o Crowdfunding é o financiamento de uma iniciativa a partir da colaboração de um grupo (pode ser pequeno ou grande) de pessoas que investem recursos financeiros nela.

Com a abrangência que o meio digital proporciona, através dos meios de interação, como as redes sociais, ideias e projetos podem ser espalhados pela rede de forma rápida, atingindo muitas pessoas. Assim, o Crowdfunding surgiu como uma alternativa de produção e consumo mais colaborativa, participativa e poderosa.

Como funciona

Os principais sites de Crowdfunding seguem a mesma dinâmica: a relação de pedidos e recompensas. Uma curadoria avalia os projetos que podem entrar no site. Esses projetos podem ser diversos: de cultura, empreendedorismo, games, livros, filmes, música, etc.

Em seguida, são definidos o prazo de captação, a meta financeira e as recompensas. As recompensas podem ser produtos e serviços oferecidos para quem apoiar o projeto, de acordo com o valor colaborado.

Se o projeto atinge a meta no prazo estipulado, ele é considerado bem-sucedido, e o realizador recebe o dinheiro. Se não, o valor é devolvido para os apoiadores.

De acordo com informações do Sebrae, é preciso tomar alguns cuidados na obtenção do financiamento coletivo, ou Crowdfunding. Antes de mais nada, é necessária a capacidade de entregar todas as recompensas e se, com o mínimo pedido, é possível mesmo realizar o projeto.

Por isso, deve-se ter um cuidado com as pessoas que apoiaram o projeto e que acreditaram na iniciativa. Isso é crucial para o realizador construir uma comunidade ao redor do que ele propôs.

O empreendedor não deve esquecer também, que não é pelo fato do projeto estar em uma plataforma online que vão surgir pessoas do nada para apoiá-lo. Ou seja, a captação via crowdfunding exige uma disposição e atenção diária com a campanha para que dê realmente certo.

Outro aspecto importante, é lembrar que o financiamento coletivo não é recomendado para pessoas que não tenham recompensas para entregar, que ainda precisem de muito dinheiro ou que não tenham uma rede muito grande para divulgar o projeto.

E como fazer para obter um financiamento coletivo? É o que você vai conferir abaixo.

4 passos para criar uma campanha

Tenho uma ideia ou um projeto pronto. E agora, como faço para criar uma campanha de Crowdfunding? Veja estes 4 passos:

1 – A ideia

O primeiro passo é saber o que exatamente vai ser o seu projeto. Depois é hora de detalhá-lo. Se for um disco, é bom dizer qual é o estilo musical e onde você (ou sua banda) pretende gravar as faixas. Se for um aparelho, deve explicar todas as suas funcionalidades, e por aí vai!

2 – O planejamento

Somente ter uma boa ideia não basta. É preciso planejar a sua execução. Vamos pegar o exemplo de um aplicativo. Você deve saber todas as etapas da sua criação: você vai precisar de programadores e designers, além de outros profissionais para transformar o seu projeto em um negócio.

Além disso, você deve saber em quanto tempo o seu projeto vai estar pronto. Portanto, não prometa que vai estar pronto em uma data X, se não puder entregar até essa data.

3 – O investimento

Coloque no papel o quanto de dinheiro será necessário para entregar o seu produto com o máximo de qualidade possível e dentro do prazo estipulado.

É interessante também fazer uma pesquisa de mercado para saber se o valor que você vai cobrar pelo produto ou serviço está na média de outros do mesmo estilo. Por fim, calcule também a taxa que a plataforma de crowdfunding vai descontar da arrecadação total.

4 – A divulgação

Depois de elaborar os detalhes do projeto, é hora de divulgar para o mundo! Espalhe a sua ideia pelas redes sociais. Crie uma fanpage e anúncios no Facebook, e um perfil no Twitter e Instagram.

Se você criar uma estratégia boa de divulgação, será mais fácil conseguir captar os recursos necessários.

E na hora de criar a campanha para o seu projeto, capriche! Produza vídeos de qualidade, tire fotos, mostre alguns rascunhos da sua ideia, enfim, deixe ela bem atraente para os possíveis financiadores.

Exemplos de plataformas de crowdfunding

Abaixo estão 3 exemplos de plataformas de financiamento coletivo brasileiras:

Catarse

• Foi a primeira plataforma de financiamento coletivo do Brasil e já financiou 3.300 ideias, com um total de 50 milhões de reais levantados desde 2011;
• atua com projetos culturais e campanhas ligadas a área da ciência e tecnologia;
• taxa: 13% do valor arrecadado.

Kickante

• Um dos maiores sites de crowdfunding do Brasil;
• abriga desde campanhas de grandes ONGs como Greenpeace e Médicos Sem Fronteiras, até projetos artísticos pessoais;
• a plataforma aceita tanto campanhas do tipo “tudo ou nada”, em que você recebe o valor arrecadado apenas de atingir a meta estipulada, quanto campanhas no modelo “flexível”, em que você recebe o valor arrecadado, mesmo que não atinja a meta;
• pelo modelo “tudo ou nada”, a plataforma fica com 12% do valor arrecadado. No outro modelo, o Kickante fica com uma fatia de 17,5%;
• a plataforma permite doações vindas de outros países, via PayPal.

Benfeitoria

• Surgiu em 2011 e está focada em financiar projetos que gerem impacto cultural, social, econômico e ambiental;
• a plataforma trabalha com alguns modelos de arrecadação. O primeiro é o tudo ou nada, ou seja, o dono do projeto só leva o dinheiro se atingir a meta estabelecida. Não há modelo flexível. Outra modalidade é o financiamento recorrente, que é feito a partir de colaborações mensais para o projeto, como uma assinatura. A terceira modalidade é o “financiamento turbinado”. Neste, o projeto recebe uma espécie de ajuda extra para conseguir atingir o seu objetivo.
• a plataforma não cobra taxa dos projetos, apenas repassa os custos das transações financeiras, o que fica em torno de 4% do valor arrecadado. Porém, o dono do projeto é convidado a fazer uma contribuição voluntária para ajudar a manter o site.

Se gostou do nosso post sobre crowdfunding , compartilhe com seus amigos nas redes sociais!

E para ter mais conteúdos como esse direto no seu celular, baixe agora o nosso aplicativo!

Deixe o seu comentário!

comentários