Estudo aponta que aplicativos de mensagens como o WhatsApp já estão tomando o lugar das redes sociais como o Facebook nas pesquisas por notícias. Saiba mais!

Não é de hoje que o Facebook é considerado a fonte primordial nas buscas por notícias para os brasileiros. Mas o estudo produzido pela Reuters Institute em parceria com a Universidade de Oxford aponta que aplicativos como o WhatsApp estão mudando essa realidade.

No Brasil, 66% dos leitores se informam pelas redes sociais. Destes, 57% utilizam o Facebook exclusivamente para esse fim. Os dados são 2017. No ano passado, esse percentual era 12% maior.

WhatsApp em ascensão e Facebook em queda

Enquanto os números das redes sociais diminuem, o estudo da Reuters indicou que o volume de utilização do apps de bate-papo como fonte de informação cresceu.

No mundo todo, 23% dos consumidores de notícias dizem pesquisar, compartilhar ou discutir notícias por meio desses aplicativos. Entre os serviços analisados, o que se destaca é o WhatsApp.

Figuraram na pesquisa o Messenger, também pertencente ao Facebook e o Snapchat. Além destes, foram citados apps de alcance regional, como Vibe (Europa) e WeChat e Line (Ásia).

O Brasil é um dos mercados mais promissores para esta utilização do WhatsApp. A pesquisa aponta que 46% dos brasileiros entrevistados consomem notícias pelo WhatsApp, enquanto na Malásia, esse percentual chega a 51%.

O crescimento no índice de leitores que se informam através do WhatsApp saltou sete pontos percentuais.

Já nos grandes mercados mundiais, como os Estados Unidos, o serviços ainda apresenta uma utilização inexpressiva. Apenas 3% dos norte-americanos responderam que se informam pelo WhatsApp.

Razões para este crescimento

Segundo Nic Newman, pesquisador responsável pelo Digital News Report 2017, a popularização desses aplicativos tem dois motivos principais gratuidade e privacidade.

Newman aponta que com estes aplicativos, os usuários podem compartilhar notícias sem constrangimento, e sem o filtro por algoritmo.

O estudo também relata que este crescimento também se deve ao aumento na utilização de dispositivos mobile. Em 2017, pela primeira vez, os smartphones superaram os computadores como dispositivo mais usado para a leitura de notícias.

Outro dado apontado pela Oxford é que apenas 24% dos entrevistados dizem que a mídia social faz um bom trabalho na separação entre fato e ficção, ante 40% da mídia jornalística.

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